Difícil falar em agressão contra às mulheres sem, antes, fazermos um exame acurado de nossa sociedade.
Embora, num primeiro momento, queiramos debitar a covarde atitude a uma classe social, longe disso, a violência contra a mulher deixou, de há muito, de ser uma questão regional para tornar-se uma questão global.
Bem verdade que tal espécie de indizível atitude tenha maior destaque oriundas de sociedades menos civilizadas; porém, não espelha a realidade. Aliás, não se pode afirmar – com certeza – se “a moléstia” contagia apenas as ditas classes menos favorecidas, posto que aquelas mais abastadas (assim entendidas com “melhores condições”), conquanto “o encobrimento pela discrição”, estariam isentas desse nefasto “comportamento”. Ao que parece o desrespeito (na verdade violência), contra a mulher tem inspirações mais profundas, arreigadas as “tradições” perdidas no tempo. Portanto, não seriam leis esparsas (embora úteis), inibidoras desse nefasto comportamento mas, antes – qual as ponderadas lições de Mary Del Priore – a mudança de cultura (entenda-se educação dos filhos), a começar pelos pais.
São Paulo, 28/10/2020
Dra. Maria Alécia Silva Pereira
Foto EBC
Parabéns pela matéria,Dra.
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